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julih sobre ESL Impact: "pra quem quer ganhar tudo, não importa o adversário"

Em entrevista à Lótus, jogadora classificada para o qualificatório fechado europeu se diz confiante e empolgada com novo projeto


A ESL Impact League Season 8 - Europa contará mais uma vez com uma representante brasileira. Depois de Olga Rodrigues, que disputou o closed da Season 5 pela HSG, Julia "julih" Gomes tentará a classificação para as finais presenciais pela segunda vez consecutiva, agora com o fake Peekaboo.


A atleta possui vasta experiência e conquistou grandes títulos por organizações brasileiras como MIBR, B4 e Fluxo, última equipe que defendeu em solo nacional. Com o desmanche da line-up no final de 2024, julih foi em definitivo para a Europa e passou a competir em torneios locais, se classificando para a etapa europeia da ESL Impact League S7 com a Spray and Slay.


Em agosto desse ano, ela disputou o qualificatório aberto da Season 8 pela Peekaboo e garantiu a vaga em cima da DONT WORRY que, ironicamente, contava com a jogadora Linda "peek a boo" Tran. O time da brasileira venceu a série por 2 a 1, aplicando uma virada impressionante após perder a Nuke, seu mapa de escolha, por 13x0.


Resultado das quartas-de-final do Open Qualify #2 para a ESL Impact S8 - Europa. Fonte: HLTV.
Resultado das quartas-de-final do Open Qualify #2 para a ESL Impact S8 - Europa. Fonte: HLTV.

julih conversou com a Lótus sobre a adaptação ao cenário europeu, a experiência de disputar campeonatos fora de casa e as expectativas para a nova temporada.


Lótus: Como foi o processo de jogar competitivamente na Europa?


julih: Eu precisei primeiro aprender as expressões e posições em inglês. São os pontos que tive que trabalhar mais porque no Brasil algumas calls são totalmente diferentes daqui. Também precisei fazer novos contatos para jogar competitivamente e formar times para disputar campeonatos.


Lótus: Quão diferente tem sido jogar na Europa em relação ao Brasil?


julih: Para mim, a diferença mais gritante entre Brasil e Europa é a comunicação, mesmo. O nível é bem semelhante, mas sinto que aqui tem muito mais meninas jogando e maior variedade de estilos para se adaptar. Outra diferença é em relação aos treinos: no Brasil, eu sentia que os praccs nem sempre eram tão produtivos se o nível do time adversário era inferior. Aqui, por mais que haja diferença de nível algumas vezes, os times jogam um CS mais correto e mais tranquilo.


Lótus: Como você vê o cenário inclusivo na Europa em relação ao Brasil?


julih: Minha experiência na Europa no cenário está sendo boa, porém levando em consideração que o CS exige contatos (quanto mais contatos você tem, mais oportunidades), tem sido difícil. Cheguei há pouco tempo aqui e ainda estou conhecendo a cena, mas tive muita sorte de todas as meninas que joguei até agora me derem uma experiência muito positiva. A quantidade de campeonato aqui é bem boa em comparação ao Brasil no auge, quando tínhamos Ligas Femininas, BGS, GC Masters... Aqui tem a ELITE Cup e a Tradeit e acredito que ambas aconteçam quatro vezes por ano. Também temos a ESL Impact e alguns outros campeonaros alternativos. O cenário competitivo é um pouco mais movimentado e acredito que isso se deva ao fato de termos muitas menina jogando aqui (facilmente 20 times por campeonato). Brasil e Europa empatam nas dificuldades com as organizações; me parece que eles pararam de investir no cenário, mesmo com essa iniciativa incrível da ESL para tentar dar uma ajuda de custo para as organizações também com as criações de conteúdo (Club Reward).


Lótus: Como você acha que o cenário pode evoluir nas duas regiões?


julih: Eu acho que pro nosso cenário crescer tem que haver investimentos de fora: organizações, mais campeonatos, mais incentivos... Por exemplo, a ESL Impact dá quatro vagas pra Europa, o que incentiva muito a comunidade a jogar e tentar qualificar pro mundial. No Brasil, a gente precisa focar em mais campeonatos nacionais pra começar. Quando tinha a Liga Feminina pelo menos uma por trimestre, sempre tinham meninas novas surgindo, competindo e sendo reconhecidas.


Lótus: E o que está achando de jogar com as meninas?


julih: Estou gostando bastante de jogar com as meninas. A LETi (Martyna Owsik) é uma IGL muito boa e já jogamos muito uma contra a outra. A Hikomi (Magdalena Demska) tem uma mira absurda, assim como a Angelka, (Angelika Kozlowska) e elas são bem comunicativas, o que ajuda muito o CS a fluir. Gosto da sinergia e da vibe que elas trazem pro time. A NAYLLA (Liva Alsberga) é uma menina nova e crua no jogo, o que pra gente é muito bom já que temos muita experiência para ajudá-la e dar nossos pontos de vista para evoluirmos juntas.


Lótus: A Peekaboo vai disputar a ESL Impact League Season 8 - Europa no Grupo B, enfrentando grandes times como Imperial Valkyries e BIG EQUIPA. Qual a sua expectativa pra essa season?


julih: É o grupo mais difícil da região, com certeza. Como muitos times acabaram se desfazendo ou perdendo os pontos dos ranking (que eram importantes pra um seed balanceado), o nosso grupo acabou com muitos ótimos times. Mas pra quem quer ganhar tudo, não importa o adversário e estou bem confiante com as meninas no nosso projeto. Atualmente, eu mudei todas as minhas posições. Não estou mais jogando de ancora e está sendo uma nova fase pra mim, o que me dá um gás a mais pra jogar e amassar geral.


A Peekaboo estreia na segunda semana de setembro pela ESL Impact S8 - Europa. O horário da partida e o adversário ainda não foram definidos.


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