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Campeã mundial com a FURIA, bizinha destaca vitória contra a Imperial:  “tinha absoluta certeza que íamos vencer”


A jogadora brasileira Bruna “bizinha” Marvila foi o grande destaque da vitória da FURIA na ESL Impact League Season 7, disputada em Dallas, nos Estados Unidos. O título foi muito comemorado por toda a comunidade brasileira de Counter-Strike, e com razão: o feito de vencer um campeonato do circuito da ESL Impact havia sido realizado anteriormente por apenas seis jogadoras – o atual quinteto da Imperial Valkyries e Ksenia "vilga" Klyuenkova, ex-atleta da Nigma Galaxy e atual capitã da Ninjas in Pyjamas. O título da FURIA marcou o fim dessa hegemonia e colocou o Brasil no topo do mundo.


Em entrevista exclusiva à LÓTUS, a MVP do torneio falou sobre a emoção de ser campeã mundial, sua trajetória e os próximos passos da equipe.

 

LÓTUS: Primeiro, quero parabenizar em nome de toda a equipe da LÓTUS pelo título. Foi muito emocionante acompanhar a trajetória de vocês! Um momento que fez sucesso na comunidade foi logo após a vitória de vocês sobre a Imperial, quando ao fim do jogo você grita perto da izaa (Izabella Galle, capitã da equipe). O que estava passando na sua cabeça naquele momento?

bizinha: Naquele momento passava muita vontade de vencer e então o grito de “aqui é Brasil p****!“ levou isso em consideração. Foi para o meu time como um todo.


LÓTUS: Ainda sobre essa semifinal, vocês quase ganharam o primeiro mapa. Como foi pra resetar a cabeça para o mapa 2?

bizinha: O jogo parecia nas nossas mãos, e ter escapado esses mapas a sensação era que (para o próximo mapa) era só jogar o que sabíamos jogar que seria nosso.

 

LÓTUS: Quando foi a primeira vez que te ocorreu que você tinha grandes chances de ser campeã mundial?

bizinha: Bom, desde o meu primeiro mundial em 2019, eu acreditava que podia vencer. Mas, na prática, vi uma diferença de nível muito grande e enxerguei a realidade: que antes desses mundiais que joguei pela FURIA (ESL Impact League S6 – Estocolmo e ESL Impact League S7 - Dallas) estávamos distantes e tínhamos que evoluir muita coisa que explicava o porquê desse “gap”. Ao mesmo tempo era complicado exigir que não tivesse essa diferença quando na época era muito tranquilo ser dominante no Brasil e no entanto, não resultava lá fora.

 

LÓTUS:  Como foi a experiência de jogar na arena da IEM Dallas?

bizinha: Foi uma experiência maneira demais poder jogar no mesmo lugar que a final masculina. Acabou que muita gente nos conheceu também por isso e espero que nos acompanhem a partir de agora. Pessoalmente, eu me “hypo” quando vejo players que assisto em POVs. Poder ver eles de perto e parecer ser um mundo acessível, como profissional e fã de CS, isso é um gás. Por exemplo, lembro da kaah (Karina Takahashi, AWPer da equipe) contando alegre que o m0NESY (Ilya Osipov, jogador da Falcons) tinha sido o último a usar o PC dela, que estava com umas configurações “roubadas” de monitor (risos). Somos jogadoras também, mas não perder a graça de ser fã de CS é onde mora a magia.

 

LÓTUS: Sua reação com a vitória foi muito emocionante. Você caiu de joelhos e agradeceu muito. Passou um filme na cabeça? Como foi?

bizinha: Bom, estava tendo um “feeling” há mais de um mês e não queria “zikar” meu time em contar (risos). Mas teve um momento que não aguentei e disse a elas que tinha absoluta certeza que íamos vencer a Imperial e que isso não seria a final antecipada. Sentia que estava realmente próxima de realizar meu sonho de ser campeã do Mundial, então naquele momento estava agradecendo.

 

FURIA anuncia o MVP de bizinha e celebra a conquista da equipe. Fonte: X
FURIA anuncia o MVP de bizinha e celebra a conquista da equipe. Fonte: X

LÓTUS: Quais os próximos objetivos da equipe?

bizinha: Acredito que é continuar evoluindo e não se acomodar de maneira alguma. Precisamos ser melhores do que ontem todos os dias.

 

LÓTUS: Ano passada você foi eleita a melhor jogadora do Brasil pela Draft5 e esse ano foi MVP do Mundial. Você esperava recuperar (e talvez até superar) sua velha forma tão depressa depois de voltar do Valorant?

bizinha: Bom, ainda acho que o meu maior auge de performance foi na época do MIBR. Sentia que era totalmente capaz de superar muitos jogadores até conhecidos. Eu fico feliz pela minha volta pela Draft5 e também por esse MVP, mas ainda não considero que evoluí tudo que podia evoluir. O que me deixa OK comigo mesma é notar minha capacidade de me adaptar e estudar bem para evoluir em todos os jogos que passei. Digo “OK” porque de fato eu sou uma pessoa com auto cobrança muito alta, então é mais isso que me deixa bem do que pensar nesses “awards” individuais recentes.

 

O qualificatório fechado sul-americano da ESL Impact League Season 8 oferece duas vagas para as finais em Estocolmo e terá início no dia 10 de setembro. A FURIA já está garantida para a etapa online e chega como uma das favoritas para se classificar para o evento presencial no final de novembro.


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